Espaço educador

Dicas e Orientações importantes para as diferentes Hipóteses Diagnósticas.

É papel do professor observar se o desempenho do aluno está inadequado e proceder aos devidos encaminhamentos. Porém, todo cuidado é pouco, pois é real – e frequente – a dificuldade dos nossos educadores para que especialidade recorrer. Essa decisão, que é da escola, é ponto crucial para o prognóstico da criança.

O “mau encaminhamento” pode custar muito caro para a criança em termos de tempo perdido, frustração dos pais, baixa estima e bullying.

Inúmeras crianças perdem importantes momentos de seu desenvolvimento cognitivo e emocional frequentando anos a fio terapias sem precisão diagnóstica e defasagens pedagógicas se acumulam nas salas de aulas, causando mais e mais prejuízos às crianças e conflitos na chamada Inclusão

A inclusão vale a redundância, tem que ser – e deve ser – personalizada. Hoje, conhecer a fundo o que ocorre com o cérebro da criança é a chave do sucesso do processo, que se torna simples e com ganhos reais, rapidamente perceptíveis para estudante, professores e família.

A avaliação interdisciplinar, seguida de um diagnóstico mais preciso, abre caminhos nunca antes percorridos no complexo universo das dificuldades, dos transtornos ou mesmo das deficiências de aprendizagem.

ORIENTAÇÕES À ESCOLA

Orientacoes-a-escola

DIFICULDADES ESCOLARES:

A rigidez, inflexibilidade sobre tarefas e testes, ou materiais e métodos inapropriados em sala de aula para as crianças com dificuldades de aprendizagem, são fatais. Esses estudantes devem ser encorajados a trabalhar ao seu próprio modo.

Dificuldades de aprendizagem podem aparecer quando a prática pedagógica diverge das necessidades dos alunos, aumentam também em escolas superlotadas e mal equipadas, além de equipe pedagógica muitas vezes “desmotivada”.Fatores estes somados a inúmeros outros como “adiantamento”(incompatibilidade idade cronológica com a série cursada), situações emocionais passageiras que causa defasagem e acúmulo de conteúdos.

Roman e Steyer (2001) referem que os conflitos emocionais interferem muito no rendimento da criança. Cabe a escola, na figura da professora, fazer a “escuta” adequada destas manifestações, considerando o estado geral da criança em seu dia a dia, o contexto familiar em que está inserida e os eventuais problemas familiares que possam estar vivenciando, desde o nascimento de um irmão, a morte de um familiar, uma situação de desemprego, separação dos pais, entre outros problemas.

Dificuldades escolares são diferentes de transtornos funcionais (hiperatividade, TDAh, Dislexia..), de deficiências ou mesmo de alterações de cunho orgânico.Por isso tenham em mente DIFICULDADE DE APRENDER DIFEREM DE DIFICULDADES DE  APRENDIZAGEM.

De forma básica as principais orientações para a dificuldade escolar é o estabelecimento de uma rotina, que possibilita organização externa, a segurança emocional e a organização interna de cada criança.  Favorece e complementa o processo de socialização por meio da aprendizagem das regras de convívio em grupo, da formação de vínculos e da aquisição de conhecimentos.

Capacitar cada vez mais   o corpo docente para a intervenção e a observação da evolução quando da intervenção na prática de jogos e atividades lúdicas, realizando, principalmente, um aprofundamento sobre a importância do ato de brincar para o desenvolvimento infantil. Os fatores experienciais potencializam suas condições intelectivas, propostas pedagógicas que privilegiam atividades lúdicas e estimulantes possibilitarão aprendizagens cada vez mais complexas e mais eficientes.

FLEXIBILIDADE E MOTIVAÇÃO SÃO PALAVRAS CHAVES PARA APRENDER

Transtornosfuncionais1

TRANSTORNOS FUNCIONAIS:

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

ORIENTAÇÕES DO T.D.A.H. – COMO AJUDAR NA ESCOLA:

A responsabilidade maior é dos familiares e não do professor, mas estes devem procurar se sentir à vontade para questionar tudo que lhes for significativo, a fim de contribuir no desenvolvimento das habilidades do indivíduo, facilitando assim uma construção mais produtiva;
É de suma importância que se estabeleça um relacionamento positivo entre a figura de autoridade e a do aluno;
A compreensão é a base para poder auxilia-lo, respeita-lo e é crucial,  para que os outros alunos correspondam na mesma medida;
O professor necessita desenvolver e demonstrar verdadeiros sistemas de valores humanos, para  que o aluno os assuma perante toda sua vida;
Elogiar o desempenho de seu aluno, para que não fique muito preocupado com o sucesso; fortaleça sua autoestima, valorizando os aspectos positivos;
No estabelecimento de promessas, procurar cumprí-las. Não dar motivos para o aluno considerar que na relação entre vocês existam mentiras ou esquecimentos;
Ser franco e honesto, não dando mais carinho ou atenção, apenas porque o aluno apresenta o TDAH; os limites devem ser claros e bem definidos:
Sempre que o pedido for razoável, tente aceitar, não respondendo com um “Não” sem experimentar o diálogo;
Utilizar-se de expressões como: “Obrigado”, “Bom Dia”, “Por favor”, Desculpe”, etc. estimulando a comunicação e a “política da boa vizinhança”;
Não os chame por apelidos e não os ironize, perante ninguém;
Demonstrar interesse pelos acontecimentos relatados, como sobre o seu final de semana, e principalmente pelas suas iniciativas;
Tentar manter contato com a criança em momentos de descontração, como durante eventos comemorativos na escola;
Conversar sobre o que é ser amigo e a importância de se ter muitos amigos;
Solicitar a participação do aluno, deixando-o opinar, dar sugestões, etc.; o melhor especialista para dizer o que pensa e como aprende é o próprio aluno. Respeitando suas idéias, isso vai ajudar muito;
Fazer listas e cartazes, para o aluno consultar quando necessitar. Eles precisam de algo para lembra – los, e muitas vezes de muitas repetições;
Os alunos necessitam de um apoio especial para encontrar prazer na sala de aula; é essencial dar atenção aos seus sentimentos desencadeados pelas atividades propostas à classe, tentando esclarece-los e envolve-los no processo de aprendizagem;
Manter as regras escritas em painéis, pois isto promoverá segurança;
Procure olhar nos olhos do aluno, direcionando a atenção a ele, facilitando sua liberdade de expressão, permitindo para que ele exponha seus pensamentos e sentimentos;
Na maioria das vezes, tentar colocá-lo próximo à sua mesa, evitando a dispersão que tanto atrapalha;
Alterações e mudanças sem aviso prévio são muito difíceis para estes alunos. Eles perdem o referencial das suas atividades; procure fazer com todo o carinho, avisando o que vai acontecer e repetindo os avisos na medida em que for se aproximando o momento de sua realização;
Procure avaliar o aluno dentro daquilo que ele apresente, tentando evitar provas ou testes quantitativos, permitindo assim, que mostre o conteúdo adquirido de forma criativa;
Dividir as tarefas em pequenos tópicos, pois esta é uma das mais importantes técnicas de ensino para alunos com TDAH, livrando-os da situação de sobrecarga. Em geral eles podem produzir muito mais do que ora apresentam. Com as crianças menores isso pode ajudar muito a evitar os “acessos de raiva”, determinados pela sensação de impotência e com os mais velhos, nas atitudes provocadoras que tem constantemente nestas situações;
Ajudar a manter a atenção criando estratégias diferenciadas para apresentar as matérias, não tendo medo de se arriscar, pois assim o aluno não sentirá a aula como repetitiva ou desmotivadora;
Encorajar o aluno para qualquer atividade, pois o elogio é um reforço importante, mas tomando cuidado em não superestimá-lo;
Estimular jogos de raciocínio, assim como rimas e lembretes, pois isto pode ajuda-lo a guardar mais os conteúdos e suas obrigações;
Fazer perguntas que facilitem a auto-observação, dando retorno de como o aluno tem se comportado, de modo construtivo;
Ficar atento a integração entre os alunos, pois existe a necessidade da idéia de grupo, para que o portador de TDAH se sinta mais sintonizado no seu meio ambiente;
Tentar utilizar uma autoverificação diária e troca de idéias no final de atividade ou aula;
Procurar se reunir com os pais freqüentemente e não só nas reuniões formais;
Formar duplas de estudo estimulando-os a trocarem números de telefones para que possam tirar suas dúvidas quanto às atividades extra-classe;
Estimular sempre a criatividade, criando oportunidades como filmes, passeios, pesquisas, fichamentos, etc.;
Usar um relógio para definição do tempo das tarefas; Caminhar pela classe verificando material, pode ser uma atitude de aproximação;

Valorizar sempre o esforço e a diversão, em oposição à competição.

Deficiencia-intelectual

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL:

Importante reforçar que a característica essencial da deficiência intelectual é um funcionamento intelectual significativamente inferior à média acompanhado de e limitações no comportamento adaptativo comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.

A deficiência é a expressão de limitações no funcionamento individual dentro de um contexto social e representa uma desvantagem substancial para o indivíduo. O emprego dos apoios – Recursos e estratégias que visam promover o desenvolvimento, educação, interesses e o bem-estar de uma pessoa – podem melhorar a capacidade funcional das pessoas com deficiência intelectual. Pontuamos alguns conceitos centrais que devem norteiam a compreensão

É possível reduzir a deficiência de uma pessoa proporcionando intervenções, serviços ou apoios que se concentrem na prevenção, em comportamentos adaptativos e na condição do papel.
Os apoios têm várias funções que atuam para reduzir a discrepância entre uma pessoa e suas exigências ambientais. Essas funções de apoio são: ensino, ajuda de amigos, planejamento financeiro, apoio comportamental, ajuda na vida doméstica, acesso e uso da comunidade e assistência à saúde.
As limitações do funcionamento atual devem ser consideradas dentro do contexto dos ambientes da comunidade.
Em cada indivíduo, as limitações coexistem com as potencialidades.
Com apoios personalizados apropriados durante um determinado período de tempo, o funcionamento cotidiano da pessoa com deficiência intelectual em geral melhora.
Um enfoque no planejamento centralizado na pessoa, que enfatiza o crescimento e o desenvolvimento pessoal, as escolhas e a capacitação. 

Fonte: American Association on Mental Retardation, 2002.

SEGUEM AQUI APENAS ALGUMAS ORIENTAÇÕES BÁSICAS DE DIFERENTES SITUAÇÕES QUE  PODEM AFETAR A APRENDIZAGEM, PORÉM EXISTEM INÚMEROS DIAGNÓSTICOS, QUE REQUEREM SEMPRE ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS.



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